Governo Lula vê 'carnificina' em Gaza e diz que países não podem ficar 'de braços cruzados'

  • 20/05/2025
Posição foi dita durante audiência do chanceler Mauro Vieira no Senado. Brasil tem questionado limites éticos e legais das ações militares do governo Netanyahu. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta terça-feira (20) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vê uma “carnificina” acontecendo na Faixa de Gaza e entende que a comunidade internacional não pode ficar “de braços cruzados”. Mauro Vieira deu a declaração ao participar de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores. Inicialmente, a audiência foi chamada para que Mauro Vieira abordasse o asilo diplomático concedido pelo Brasil à ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia e falasse sobre a operação do governo dos EUA para retirar venezuelanos da embaixada da Argentina em Caracas, sob custódia do Brasil. Durante a audiência, Mauro Vieira abordou também a guerra entre o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza. “Acredito que é uma situação terrível o que está acontecendo. Há uma carnificina. É uma coisa terrível o que está acontecendo. Há um número elevadíssimo [de mortes de] crianças. É algo que a comunidade internacional não pode ver de braços cruzados”, afirmou Mauro Vieira. “Há inúmeras iniciativas. Lamentavelmente, nas Nações Unidas, o Conselho de Segurança está paralisado. O poder de veto dos cinco membros permanentes paralisa sempre — de um lado ou para outro — todas as iniciativas”, acrescentou o ministro. Israel sofre pressão para liberar mais ajuda à Faixa de Gaza Mauro Vieira lembrou a posição histórica do Brasil em defesa da “solução de dois Estados”, isto é, com Israel e Palestina convivendo simultaneamente e pacificamente. “É muito importante que iniciativas como essas sejam tomadas, sejam levadas adiante para pôr fim a essa invasão e a esse desrespeito ao direito internacional e ao direito internacional humanitário”, declarou o chanceler. O Brasil foi convidado por França e Arábia Saudita, presidentes de uma conferência sobre a criação da Palestina, a comandar o grupo de trabalho dessa conferência que vai debater o respeito ao direito internacional. Ataques de Israel em Gaza matam mais de 250 em dois dias Brasil questiona governo Netanyahu A guerra entre Israel e Hamas começou em outubro de 2023 e, naquele momento, o Brasil presidia o Conselho de Segurança da ONU. Na ocasião, o país tentou aprovar uma resolução que pudesse levar a um cessar-fogo na região e permitisse a entrada de ajuda humanitária para os palestinos. A tentativa do Brasil, embora apoiada pela maioria dos membros do conselho, não foi aprovada porque os Estados Unidos vetaram a resolução. O governo americano argumentou, à época, que o texto não deixava claro o direito de Israel de se defender. Desde então, o Brasil tem dito "deplorar" os ataques em Gaza e defendido que Israel e Hamas cheguem a um consenso, evitando mais mortes no conflito. O governo brasileiro também tem: questionado os limites éticos e legais das ações militares do governo de Israel; defendido que as tropas de Benjamin Netanyahu deixem a Faixa de Gaza; afirmado que israelenses agem como "colonos" com os palestinos; dito que a ofensiva militar israelense em Gaza prejudica um eventual acordo.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/05/20/governo-lula-ve-carnificina-em-gaza-e-diz-que-comunidade-internacional-nao-pode-ficar-de-bracos-cruzados.ghtml


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