Empresário que desapareceu em rio durante pescaria seria julgado por homicídio no trânsito
10/10/2025
(Foto: Reprodução) Fabio Rodrigues de Farias, de 40 anos, foi visto pela última vez no dia 19 de abril de 2025
Arquivo Pessoal
O empresário Fábio Rodrigues de Farias, que desapareceu em abril de 2025 durante uma pescaria no rio Araguaia, era réu em um processo por homicídio no trânsito e seria julgado pelo Tribunal do Júri, nesta quinta-feira (9), junto com outros dois acusados. Por causa do desaparecimento, a defesa solicitou à Justiça a declaração de morte presumida dele e conseguiu suspender o julgamento.
O advogado do empresário no processo confirmou a suspensão. "A morte dele é presumida até que o Poder Judiciário dê o óbito para que a família possa juntar aos autos".
A decisão que suspendeu julgamento de Fábio Rodrigues foi assinada pelo juiz Cledson José Dias Nunes, da 1ª Vara Criminal de Palmas, no dia 5 de setembro de 2025. Os outros dois réus foram julgados nesta quarta-feira (9), sendo que um foi absolvido e o outro condenado.
O empresário iria responder pelos crimes de homicídio, lesão corporal grave na modalidade de dolo eventual, omissão de socorro, fuga do local do acidente e embriaguez ao volante. A Justiça determinou o júri popular em julho de 2018. Na época, o juiz Gil de Araújo Corrêa permitiu que ele respondesse ao processo em liberdade.
O pedido de morte presumida corre na Vara de Família e Sucessões da Comarca de Paraíso do Tocantins.
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Acidente na TO-010
Conforme a decisão, o acidente aconteceu no dia 1º de janeiro de 2015, na TO-010, em Palmas. Fábio estaria dirigindo uma caminhonete e bateu em um carro. O impacto causou a morte de Ana Cristina Teixeira de Freitas e deixou uma mulher, motorista do veículo, ferida.
Fábio fugiu do local do acidente e foi interceptado em uma barreira policial. Segundo a decisão, ele apresentava sinais de embriaguez e suas roupas estavam sujas de sangue. Na abordagem, ele se negou a fazer o teste do bafômetro e confessou que bebeu na noite anterior.
De acordo com o documento, após a colisão, o empresário deixou a caminhonete, fugiu a pé e pegou outro veículo para continuar a fuga.
"Levantada a dinâmica dos fatos, constatou-se que o motorista entrou em uma curva de forma imprudente, em alta velocidade e em sentido contrário ao regulamentar, vindo a colidir com o carro das vítimas. Após a colisão Fábio ainda omitiu socorro às vítimas e rapidamente evadiu-se do local, fugindo a pé e posteriormente se apoderando de outro veículo para continuidade da fuga", diz trecho da decisão que determinou o julgamento em Júri Popular.
Como aconteceu o desaparecimento
Nesta quarta-feira (24), foi montada uma força-tarefa para ajudar nas buscas.
Corpo de Bombeiros/ Divulgação
Fábio Rodrigues estava pescando com amigos no Rio Araguaia quando pulou da embarcação para mergulhar na água por volta das 15h do dia 19 de abril de 2025, na região do Porto da Balsa. As buscas no local tiveram início no mesmo dia, mas ele não foi encontrado.
Conforme os Bombeiros, uma equipe seguiu com as buscas no dia seguinte, mas as testemunhas não souberam informar o local aproximado onde a vítima mergulhou, dificultando sua localização. Por conta da baixa visibilidade, foram realizadas buscas superficiais com embarcações e uso de drone.
As buscas seguiram até o dia 30 de abril, mas Fábio não foi encontrado.
O empresário era natural de Goiânia (GO) e residia em Paraíso do Tocantins, onde trabalhava com uma oficina de peças e mecânica.
Quais as diferenças entre o homicídio culposo e doloso?
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